Confira seis dicas para perder o medo de falar em público
Saber falar em público é essencial para quem deseja obter sucesso e reconhecimento profissional. A forma como você se expressa pode te dar o emprego dos sonhos, ou , tirar a sua vaga. Por isso, fazer o bom uso da comunicação é essencial para não perder uma grande oportunidade. Em 2015, o jornal britânico “Sunday Times” fez um estudo com duas mil pessoas onde revelou que o medo de falar em público é maior do que o medo de enfrentar problemas financeiros, doenças ou até mesmo a morte, ou seja, o assunto pode ser mais grave para algumas pessoas.
Reinaldo Passadori, especialista em Comunicação Verbal e presidente Passadori Educação e Comunicação explica que existem maneiras de aumentar a confiança diante do medo de falar em público. Ele traz seis dicas de como se expressar com clareza e segurança. “Falar de uma forma lógica e que atinja o seu público pode parecer difícil, mas, com o método certo, você pode aprimorar essas habilidades. Falar em público é uma questão de estratégia”, disse.
1. OBSERVE OUTRAS PESSOAS EXPERIENTES
Pesquise vídeos de pessoas que são boas em oratória e analise a organização do discurso, a postura, a linguagem corporal, o movimento das mãos, principalmente, e o tempo de fala. Nesse caso, é importante usar todos os nossos canais sensoriais: visão, audição e sinestésica. Analisando os padrões, veja o que pode ser positivo ou negativo para você. Então, comece estudando outras pessoas e crie uma percepção ampla sobre posturas ao falar em público.
2. TENHA DOMÍNIO SOBRE O ASSUNTO
É importante reconhecer que, se você foi o escolhido, é porque deve ter conhecimento sobre o assunto. Então, procure manter pensamentos positivos e passe transparência e afinidade para os ouvintes. As pessoas estão ali para saber mais sobre o seu tema e para ouvir a sua experiência. Não perca o foco no objetivo e, ao chegar em frente ao público, não fique ansioso para começar. Respire, acerte a altura do microfone, observe a plateia e inicie com os devidos cumprimentos.
3. SAIBA ADMINISTRAR O RITMO DE SUA FALA
É importante usar um ritmo de fala adequado, para não extrapolar e passar a impressão de comandos e imposições. Tenha uma linguagem clara, opte por frases curtas e por um ritmo mais suave, transmitindo segurança e credibilidade. Ao falar com o público, você precisa alternar o ritmo, o tom de voz e a harmonia. Evite fazer pausas longas demais, exceto quando for fazer alguma declaração mais significativa. Lembre-se, também, de conter alguns vícios, como as palavras vazias “eee” ou “ããã”. Outro ponto importante é pronunciar as palavras com emoção, envolvendo quem escuta com o discurso.
4. APRENDA A CONTROLAR O NERVOSISMO
Essa é uma estratégia que pode parecer a parte mais complicada, mas a respiração e o modo com o qual você se prepara para a apresentação, antecipadamente, são essenciais para obter êxito nessa tarefa. Quando se expira e inspira rápido demais, áreas do cérebro são ativadas e estimulam a hiperventilação, funcionando como uma técnica de autodefesa do corpo para que ele busque retomar o equilíbrio. Faça exercícios de controle da respiração desde o início. Assim, o seu corpo já estará dominado e, ao entrar no ambiente de fala, você se sentirá muito mais à vontade.
5. TENHA UM ROTEIRO E ENSAIE
É importante estabelecer um roteiro para que você se sinta mais confiante ao falar. Uma dica é gravar-se. Ao ver e ouvir a si mesmo, você terá noção de sua performance. Outra opção é você se apresentar para seus conhecidos e pedir por críticas construtivas sobre sua linguagem corporal, seu tom de voz e sua expressão facial. Além disso, o ensaio permite que você defina melhor e memorize a mensagem que deseja passar. Não decore o que está escrito ao pé da letra: ensaie e transforme a mensagem em uma conversação ampliada.
6. INVISTA NA CONCLUSÃO DO DISCURSO
“A primeira impressão é a que fica”. Em uma apresentação, isso funciona bem, mas, tão importante quanto, é a impressão final. Acredite: nesse caso, a conclusão será até mais forte. Sendo assim, estruture e ensaie muito bem a sua conclusão. Não termine sua fala dizendo “era isso o que tinha para dizer”, mas, sim, propondo uma reflexão. Enfatize os pontos mais relevantes, agradeça ao público e procure manter uma boa expressão corporal e facial ao final da fala.
O psicólogo Jaelton Jackson já sofreu com medo de falar em público, mas conseguiu superar, atualmente, é palestrante e professor do curso “A Arte de Falar em Público” no Senac Piauí. Segundo o professor, existem várias motivações para que haja o receio de falar para muitas pessoas, um deles é o medo em esquecer tudo na hora de falar. Outra explicação apontada por ele é a baixa autoestima, o que ocasiona em um alto nível de ansiedade e nervosismo, fazendo que a pessoa acredite que não vai conseguir.
Em entrevista ao Blog Senac Piauí, Jaelton trouxe dicas incríveis de como melhorar o desempenho de quem vai falar em público. “Tudo que eu quero, eu posso! Basta desenvolver habilidades necessárias para essa superação, como ferramentas nesse processo temos: se fortalecer com um autoconhecimento afim de provocar uma auto confiança e auto responsabilidade, e ainda com conhecimentos para uma boa apresentação como postura, pois a expressão corporal também é uma forma de comunicação. É importante evitar braços cruzados, expressões faciais de desânimo ou de dúvida. Outra dica é manter o mesmo tom de voz, interagir com o público e fazer questionamentos para o mesmo. Essa são técnicas que desenvolvo com meus alunos no curso Arte de Falar em Público”, destacou.
Jaelton Jackson também ressaltou dicas para quem já consegue falar em público, de acordo com o professor, uma habilidade sempre pode ser melhorada. “É aquela história: o que é bom, pode ficar ótimo, o que é ótimo pode ficar maravilhoso. E nós como profissionais temos que fazer melhorias constantes. Então mesmo que a pessoa já tenha habilidades para falar em público pode e deve procurar melhorar, conhecer mais técnicas, se permitir a crescer mais e mais”, frisou.
O psicólogo disse ter sua própria história de superação. “Quando adolescente eu era travado, tímido ao falar em público, mas ao perceber que isso estava atrapalhando minha vida estudantil e social busquei ajuda e pude me desenvolver. Parei de ser aquele que fica nos bastidores, todo trabalho para apresentar eu queria falar algo, pois eu tinha que treinar. Foi quando percebi que errar é bom, pois com os erros eu aprendia. E aqui temos o ponto chave: errar faz parte do processo de superação. É como digo para os alunos sempre: eu quero, eu posso, eu consigo! Acreditar é o primeiro passo para a virada”, afirmou.
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