Sempre é tempo para voltar aos estudos
São muitos os casos de pessoas que interromperam os estudos e não os retomaram por inúmeros motivos. Algumas tiveram que abandonar a faculdade ou o curso profissionalizante para cuidar dos filhos, para se dedicar ao trabalho, por problemas financeiros, entre outros casos. Agora, mais maduras, elas se veem com menos limitações e muita vontade de fazer algo novo. Não é fácil, pois a chamada ‘zona de conforto’ puxa as pessoas para a acomodação. Mas, uma coisa é certa: nunca é tarde.
Quem garante é Rosana Matsushita, assessora de carreiras e coach sênior, graduada em Economia, mestre em Educação, psicodramatista, especialista em Gestão de Pessoas e coordenadora da equipe de mediação da Escola de Liderança e da graduação de Gestão Comercial do Senac EAD. Na entrevista a seguir, ela dá dicas para quem quer fazer as pazes com a escola e incrementar a carreira.
O que uma pessoa com esse perfil pode fazer para se aprimorar?
O melhor caminho é investir em educação, em formação profissional, no aperfeiçoamento de suas competências. Estudar abre novas possibilidades, permite que a pessoa se atualize e engrene na carreira ou até que se redirecione para outra profissão. A educação a distância é uma excelente alternativa para quem tem maturidade e não quer perder tempo.
Para quem nunca estudou a distância, é fácil se habituar?
A EAD exige organização, administração do tempo e disciplina do aluno. No início, ele pode ter resistências à plataforma digital. Mas, se enfrentar esse estranhamento, vai obter sucesso. Quando se familiariza com as ferramentas virtuais, percebe que tudo flui bem. Além disso, conta com o apoio dos tutores e professores, que tiram todas as dúvidas e fazem muitas interações no ambiente virtual de aprendizagem.
Chega uma hora que é tarde demais para retomar os estudos?
Nunca é tarde. No contexto atual, não existe ex-aluno, e sim pessoas que não estão estudando! O estudo é um processo contínuo e sem fim. Assim como nós evoluímos, o mundo está em constante e acelerada mudança. Os avanços na ciência, na comunicação e em outras áreas não param. Com isso, o contexto profissional também muda, novas profissões surgem a cada momento. Daí a importância de estarmos permanentemente atualizados, adquirindo conhecimentos e se aperfeiçoando, para estar preparado para as oportunidades. As oportunidades estão aí, mas somente os preparados podem agarrá-las.
Quais os primeiros passos para quem quer sair da zona de conforto?
O primeiro passo é ter consciência de que estudar é um investimento que exige dedicação, tempo e algum sacrifício em relação ao tempo de lazer e às horas com a família. Mas, a probabilidade de se obter retorno é enorme. Todo profissional tem de saber disso e agir de acordo. Considero fundamental que todo profissional faça a gestão de sua carreira. Na nossa metodologia, esse conceito abrange três etapas: planejamento, gerenciamento e monitoramento.
1) Planejamento – há uma investigação a ser feita. Para chegar a conclusões e definições, é fundamental refletir sobre alguns pontos:
Aquilo que você expressa querer. Nem sempre temos clareza sobre o que realmente desejamos, daí a importância dessa reflexão.
É mais provável que você tenha sucesso quando sente prazer no que faz, quando trabalha e não vê o tempo passar.
O autoconhecimento ajuda a perceber se você gosta de atuar em equipe ou não, se é mais relacional ou focado(a) em tarefas, qual o seu ambiente profissional preferido, como age sob pressão etc.
Considere as variáveis ao seu redor: família, relacionamentos conjugal e social, trabalho, saúde, entre outras.
Lembre-se também do que as pessoas dizem que você faz bem.
Conheça o curso de seu interesse. Analise se cabe no orçamento, como são o conteúdo e a proposta, saiba como o MEC o avalia e classifica a instituição e como o mercado absorve os profissionais formados.
Está disposto a fazer tempo para alcançar o seu objetivo de dedicação ao curso e, por consequência, ao seu objetivo?
Essas reflexões permitem que a pessoa entenda se o curso abrirá portas e se ela poderá atuar em uma empresa, como autônoma, empreendedora ou prestadora de serviços.
2) Gerenciamento – é hora de definir estratégias. É preciso considerar as variáveis vistas no planejamento para minimizar problemas quando você estiver correndo atrás do que quer. Imagine que sua família seja uma variável importante, que impactaria no sucesso de sua meta. Nesse caso, negocie e busque o suporte dos familiares. Reúna-os, anuncie seu objetivo, peça apoio e discuta como cada um pode ajudar durante o curso.
3) Monitoramento – aqui você avalia o andamento do que foi planejado. Confira se as coisas estão fluindo e faça os ajustes necessários, conforme o curso avança. O mais importante é você ter a certeza que você está evoluindo. Isso eleva a autoestima, dá autoconfiança e coragem para driblar as dificuldades, pois percebe que está concretizando o que realmente quer.
Por que a EAD é uma boa opção para essas pessoas?
É muito bom poder aliar tecnologia e conveniência. A tecnologia das plataformas permite contato online, em tempo real, entre aluno, tutores e professores. Do lado da conveniência, o ambiente virtual dá flexibilidade de horário para o aluno estudar, realizar e entregar as atividades, dando ao aluno autonomia no ritmo e escolha dos caminhos do curso. Os conteúdos aqui no Senac EAD são bem elaborados e contam com materiais de apoio. Um bom curso EAD tem vários recursos didáticos para o aluno postar suas atividades e contatar colegas, tutores e professores, trocar experiências, tirar dúvidas e dar opiniões. Fora desse ambiente, os colegas interagem nas mídias digitais.
O curso EAD demanda uma grande interatividade, constante trabalho em equipe e uma aprendizagem colaborativa, que são competências muito exigidas no mercado profissional hoje em dia. Elas são desenvolvidas o tempo todo aqui no Senac EAD.
Quais são as dificuldades mais comuns para quem encara esse desafio?
A mais comum é criar e manter a nova rotina. Há que se priorizar certas tarefas e deixar outras em segundo plano. É preciso tempo, organização, dedicação e persistência para levar o curso até o fim. Finanças, família, trabalho e restrições à tecnologia são os obstáculos que mais vejo em pessoas nessa situação. Para superá-los, recomendo o que chamo de “alianças estratégicas”, com familiares, colegas de turma, professores, tutores, colegas de trabalho e com o RH da empresa em que você atua. Geralmente, a pessoa desiste quando não tem convicção sobre o que quer.
Tendo dúvidas, informe-se sobre o curso, pesquise na internet, fale com coordenadores e ex-alunos. São muitas as opções. Se você não tiver certeza, recomendo um curso de curta duração. Nesse caso, se o curso escolhido não for o que você quer, não se perde muito tempo nele. Quando você tiver a certeza do que se quer fazer, pode-se então passar para um mais longo, mais demandante de tempo e dedicação. Você ainda pode eventualmente eliminar disciplinas cursadas anteriormente, em determinados casos. O importante é criar o hábito de estudar. Assim que incorporá-lo, tudo fica mais fácil e prazeroso.
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